segunda-feira, 14 de julho de 2008

Os educadores do povo


O novo iPhone surgiu em Portugal e lá vieram as aves raras do costume criticar o país «de novos monstros» que esperam em filas para comprar um telefone mesmo com «dificuldades em pagar as contas ao fim do mês». Valeria perguntar a algumas destas luminárias se andaram a fazer inquéritos sobre rendimentos à porta das lojas, mas nem vale a pena. Nasceram ensinadas e com o dom divinatório ou da omnisciência. O iPhone deve ser mau porque não é o mesmo que uma ida à ópera ou à missa. E quem o compra são idiotas a dar-se ares de novos-ricos que nem se lembram que não conseguem pagar as contas ao final do mês.

Dá vontade de perguntar a um se deveríamos atirar com o mundo para os períodos pré-Renascimento e a outro se os novos modelos de seja lá o que for deveriam ser apreendidos na fronteira enquanto houver gente sem dinheiro pelo final do mês. Não lhes passa pela cabeça que estas pessoas compram aquilo que querem e que, se não conseguem pagar contas, certamente que também não pagam iPhones. Caso paguem, pelas suas alminhas, entreguem-lhes o governo. Fariam melhor que quem lá tem estado desde há uns 5 séculos para cá.

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