segunda-feira, 24 de novembro de 2008

O melhor Bond?

Imagem também roubada ao Nuno Galopim.

Pergunta o Nuno Galopim qual o melhor 007. Ele coloca o inquérito na sua coluna da direita e tudo, mas não tem comentários, pelo que é votação sem debate, o que é algo como um molho de carne sem o estufado. Lá deixei o meu voto, no Sean Connery, mas não pude deixar a minha reflexão, pelo que a faço aqui.

Sean Connery é o melhor, como não podia deixar de ser quando se foi o primeiro e se "criou" a personagem do zero. Antes dele havia livros. Depois dele há uma figura. Como se fala em cinema, é quase impossível fazer dele o melhor. Especialmente porque foi, de facto, muito bom.

A questão, para mim, é quem será o seguinte na lista. Pessoalmente tenho dificuldades em escolher. Gostei muito de Pierce Brosnan, que também acho um belíssimo actor, mas foi prejudicado por filmes muito mauzinhos (especialmente a bosta do Die Another Day). O seu Goldeneye merece entrar directamente para a lista dos melhores Bonds. Já Daniel Craig apenas tem dois filmes no currículo (dos quais ainda só vi o primeiro) mas tem a vantagem de estar perante quase a mesmíssima situação de Connery: tem de inventar um personagem. Como Craig é inteligente, carismático e um fantástico actor, a coisa torna-se simples. Portanto, for Connery, eu apontaria para Brosnan ou Craig.

Quem viria a seguir? Tem que ser Timothy Dalton. É injustamente ignorado, mas foi agraciado com os mais disparatados argumentos (o segundo então...) e realizadores que não saberiam direccionar uma criança de três anos para a casa de banho. Era diferente de Moore. Menos engraçado, certamente, mas havia ali algo de muito masculino e muito intenso. Faz sentido dizer que Craig lhe segue a matriz. Já Moore, no seu tom engraçado, sempre me pareceu mais um geriátrico a fazer de agente secreto do que um agente invencível. Os seus filmes sempre me pareceram (à excepção de The Man with the Golden Gun) mais spoofs de filmes do que filmes a sério.

No fim, obviamente, vem George Lazemby. O rapaz pode nem ter tido culpa, mas a verdade é que ele é claramente o elo mais fraco do, talvez, melhor filme da série toda (à excepção do próprio Bond, pelo que a tese cai por terra). Tinha um realizador aclamado apenas como editor, mas que não foi mau de todo. O argumento era interessante e tinha o twist interessantíssimo do casamento de Bond, com a fascinante Diana Riggs. pena não ter recebido nova oportunidade.

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