domingo, 22 de junho de 2008

Geometria, pragmatismo e o Arshavin


Falando em geometria, concordo com o Francisco. Os russos deram ontem uma lição da mesma, com uns toques de matemática vectorial e física mecânica pelo meio. Até mecânica quântica ali andou, pelos pés de Arshavin, o jogador do torneio até agora (e ainda só jogou dois jogos). Pavlyuchenko mostrou que ser inteligente nem sempre dá jeito, em futebol, uma vez que falhou golos sempre que teve tempo para pensar e marcou quando só teve tempo de meter o pé. Falando em inteligência, Arshavin, além de ser o jogador do torneio, é o jogador mais inteligente do torneio, fazendo pena ver que os seus colegas - que não são burros nenhuns - nem sempre o entendem. Por outro lado cansa ver o Zhirkov correr, o tipo deve fazer parte da equipa russa para a maratona olímpica. E o Arshavin, além de ser o jogador do torneio e o mais inteligente jogador no torneio também corre que cansa de ver.

Os holandeses? Bom, percebeu-se finalmente que ganhar a italianos atarantados e a franceses com uma defesa com idade média de 167,4 anos não é grande proeza, especialmente quando marcam apenas em contra-ataque, devem a inviolabilidade a um guarda-redes que ontem voltou a ser o melhor jogador em campo e ainda podem agradecer a idiotice dos treinadores adversários.

Logo à noite logo veremos os italianos a ultrapassar a Espanha por 1-0, golo de Toni aos 67 minutos de jogo. Depois veremos os alemães a acagaçarem-se para segurar a vantagem de três golos nos últimos minutos e que será reduzida a um golo mesmo no fim. E irão jogar na final contra a Itália que deverá a vitória por 2-1 nas meias-finais ao Buffon e ao facto de a Rússia sofrer dois golos quando contra-atacarem com 23 jogadores. A final não sei como vai dar, que é entre a Itália e a Alemanha e isso não se prevê assim.

Sei que gostaria de ver a Rússia a ficar com o troféu e dar o de melhor jogador ao Arshavin, o jogador do torneio, o jogador mais inteligente do torneio e que corre que se farta.

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